sexta-feira, 23 de março de 2012

Memórias Família de imigrantes Japoneses

Do fundo do baú...
vou fazer uma postagem longa, 

lamentável que sou péssima em redação...  pouco tempo disponível para obter informações abaixo,
mas todo conteúdo abaixo fornece material rico em detalhes de Memórias da Família Takata,
pertences de imigrantes japoneses que chegaram ao Brasil meados do seculo passado com Navio Kasato Maru:
  antigo e originais Post Card  Rio de Janeiro Maru e Buenos Aires Maru: navios que trouxeram os imigrantes japoneses ao Brasil:
 Cartão postal retratando como era a viagem na embarcação:
entre os postais antigos, alguns pertences como cartas trocadas entre as famílias:

livros escolares

 Trouxeram dentro de malas muito força de vontade de lutar, trabalhar e grande esforço de adaptação!
 Chegaram ao Brasil e começaram uma nova vida:

plantio de Algodão:
umas das poucas fotos com data e registro do local:
caderno contabilidade contas correntes:

roupas tipicas de uso:
Kimono de festas da foto acima é o mesmo que a Aiko esta usando em 1956:

 trouxeram hábitos e costumes...
trajes tipicos: 
aprendizagem... jogos infantis:
construíram escolas:
 trouxeram cultura:

passaram por uma época árdua durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram  problemas em território brasileiro, foram proibidos de vários atos do governo brasileiro o Presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas, tinham que usar Salvo-conduto para locomoverem de uma região a outra:

uma caderneta de bolso (em lingua japonesa) que acredito ser informativo da 1ª guerra Mundial:


 trouxeram tradições milenares:

 fotos descendentes de japoneses: 1ª geração (isseis, imigrantes); 2ª geração (nisseis, filhos); 3ª geração (sanseis, netos):
muitas fotos mas muitas fotos P&B do cotidiano diário da família no Brasil, na lida no campo plantando algodão, cultivo da horta, arado, colheita, divertimento com seus brinquedos, a memória da Família retratada em fotos: 
cotidiano de uma família japonesa no trabalho no campo produção de algodão anos 50:
 preparo da terra com arado animal com burros ou cavalos:
depois da colheita a preparação dos fardos para envio as estivas, 
nos pertences encontrei fardos grandes de algodão e  agulha de costura pra fechar os fardos:

Transporte rural da colheita ate as estivas para processarem o algodão: 
 entre os pertences de Ritsuko um pacote plástico doces Canaã dentro com frutos do algodão:
sim um punhado fofo de fruto do algodão com sementes colhidos nos anos 50s,
acredito  sem melhoramento genético... um autentico algodão: 
 fotos colheita da banana e frutos diversos:
uma das poucas fotos com relatos... mas em japonês:
retirada de trocos de arvores usando antigo instrumento serra portuguesa:
 pesca:
 colheita da cana de açucar:
casa Takenaga:
graças as maravilhosas câmeras fotográficas fabricada anos 50, 
puderam manter este arquivo de fotos do cotidiano da família:





 mala cheia de conhecimento, cadernos antigos escolares, livros jornais do japão anos 50:


cartões 60s:
Cartões Postais antigos do Japão:
 cartões Postais de jardim do Ipiranga:
utensilios de cozinha em ferro esmaltado, famosos baldes, caçarolas, bules de ágata esmaltado azul:

peneiras grandes de bater soja, algodão, café, mamona:
 muitos apetrechos de costura:
 o velho alfineteiro diz tudo de uma excelente costureira:
antigos retrós ou carretel de madeira fios de algodão:
 antigas embalagens Seda Pura para maquina de costura ou casear a mão marca Perfeição:
tecido com antiga etiqueta de venda da famosa loja de tecidos Casa Almeida em Presidente Prudente:
na farmacinha da família tinha
 termômetro antigo e antiga uma injeção de vidro
para prevenir-se em caso de picadas de cobras:
foto segurando 3 cobras nas mãos e uma outra foto com Sucuri:
caixa antiga de madeira com muitos vidros antigos que ainda vou abrir pra vê-los com melhor atenção:
antigas toalhas de rosto marca Garcia:

talheres antigos:
 acima foto da penteadeira de 1950,
abaixo a mesma penteadeira agora em meus cuidados:

Vestido de Noiva de 1947, composto de duas peças, peça de baixo vestido de cetim de alça, sobreposto com vestido de manga todo de  renda:

 a memória de uma Família Maria Takata foi repassada em minhas mãos pela querida Regina Takata, lamento não ter anotado um contato, mas deixo aqui meu registro que  ela ou familiares  lerem aqui e quiserem acrescentar informações.
Regina fez processo inverso dos imigrantes avós... 
à 17 anos ela retornou ao Japão, e em  2012 esteve no Brasil buscando sua Mãe de 93 anos 
o motivo que os pertences  familiares estão comigo com muito carinho, 
para quem sabe um dia eu consiga concretizar o sonho de criar um Museu da memória de imigrantes na cidade de Mirandópolis SP.

12 comentários:

  1. Uau...que história hein....delícia....qtas lembranças....bjssss

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  2. Amazing history Ana and all such wonderful photos. I always am amazed at all that's left of us are pictures in the end. And I also always say that stories are walking down the streets on two legs, every single person has his or her own story to tell... Have a great weekend, hugs, Ira x

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  3. NOSSA, ANA... QUE TESOUROS MARAVILHOSOS NESSAS FOTOS. QUANTAS MEMÓRIAS E HISTÓRIAS. EU, SOU UMA SAUDOSISTA ASSUMIDA. O QUE HÁ DE MAIS VALOR, SEMPRE CRI QUE ESTÃO NAS COISAS PASSADAS, DOU MUITO VALOR. ESSA INJEÇÃO DE VIDRO, POR EXEMPLO, TEM UMA AQUI EM CASA, NUM ESTOJO, MUITO BEM GUARDADINHA. É UMA RELÍQUIA. E ASSIM SEGUE A VIDA, BASEADA EM PEQUENOS FATOS E GRANDES SIGNIFICADOS. ATÉ MAIS!!

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  4. Quanta coisa linda de valor indiscutivél,não poderia ter deixado em outras mãos se não as suas,bjss!

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  5. Ana que inveja branca a minha!!! Tive o previlégio de ver e tocar em algumas peças. Parabéns, você mereceu cada item!!!

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  6. por acaso cai aqui no seu blog, e olha, de verdade, me emocionei com essas fotos, nao sei se pelo amor que tenho à cultura japonesa, ou pela quantidade de história e beleza que cada peça tem, ou se os dois sentimentos juntos. guarde tudo isso, é sem preço cada detalhe.

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  7. Ana, fiquei muito emocionada ao ver as fotos dos imigrantes japoneses. Eu que sou descendente dos nipônicos não tenho nada do que você conseguiu acumular.É incrível essa coleção. Mas cultuo os meus antepassados, e tenho muito orgulho da cultura japonesa. Estudo japonês há anos, e copio textos com "fudê", ou pincel e tinta de carvão. Sinto que cada vez que escrevo algo com o fudê, um antepassado, ou mesmo o meu pai está revivendo em mim. E a cultura está sendo preservada. Meu sonho maior é escrever as minhas crônicas em japonês, mas sei que não há mais tempo para isso. Já tenho 70 anos, e tenho muito ainda para aprender. Fiquei feliz de ver que uma brasileira está empenhada em guardar memórias dos conterrâneos de meus pais, e senti orgulho de ser brasileira. Quem sabe, em futuro não muito distante, a gente possa guardar todos esses tesouros num Museu aqui em Mirandópolis. Um abraço e obrigada pelas emoções que me proporcionou

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  8. Parabens Ana Caldato, a historia de um povo precissa de pessoas igual a você, Kimie Oku, Eu (Dinho), e outras mais pessoas para preservar a história de uma nação. A gente se sente feliz em praticar tal atitude e é ignorada por muita gente, incluisve os politicos que não abraçam tal causa, tal memoria. Parabens. Seu amigo Dinho Resler ( minha familia é descendente de alemães e italianos).

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  9. Grandes tesouros!!!

    Muito obrigado por compartilhar tudo isso!

    Abraços

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  10. Nossa Ana, até me emocionei com esta sua postagem, é muita história ai em fotos, documentos e itens, parabéns e obrigado por trazer este tipo de artigo.

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Ola, não consigo responder a todos por aqui no blog, deixe seu comentário, mas se possível envie para meu contato de e-mail caldattoana@gmail.com